A Lente Negra
Só sou responsável por aquilo que escrevo, não pelo que os outros entendem
Ano novo, vida nova, diz o povo.
A partir de hoje, mês novo, vida nova.
Como a esmagadora maioria dos nossos concidadãos sabem, o futuro para os nossos descendentes tem uma aparência tão dramática e envolto em tintas tão negras que a avaliação dos comportamentos daqueles que verdadeiramente são responsáveis pelo progresso no caminho para o abismo, é incompatível com as côres da esperança.
No mundo das imagens, sejam estas reais, imaginadas ou imaginárias, é difícil saber viver o presente com os “maus hábitos” das escolhas multicolores, e ao mesmo tempo apreciar os hábitos das velhas memórias do advento da fotografia e do cinema com os milhões de tons de uma só cor; mas, apesar disto vou continuar a enfrentar a dificuldade de eleger entre alguns dos resultados que o simples rodar de um botão selector determinam, e que separam aqueles dois enormes e poderosos universos. Como por enquanto vai continuar a vencer a paleta multicolor, este espaço, verde esperança, é incompatível com as palavras com que procuro traduzir a apreciação crítica às consequências para o meu País das práticas de magia negra surgida da união entre os algozes das seitas Ultra-Liberal e Jesuíta que a Democracia, de forma irónica, parece ter permitido atravessar nos nossos caminhos.
Por tudo isto, só “A Lente Negra”, vai passar a albergar as minhas palavras alinhadas num editor de texto, àcerca das malfeitorias que todas as hordas de Liberais e de Jesuítas qualquer que seja o seu matiz, exercem sobre a escravaria cada dia mais muda, porque silenciada em dois planos, o da sua própria incapacidade material para se fazer ouvir, e o da permanente sobreposição décibeica de vozes arregimentadas para bajularem o poder de que dependem, através de falsos órgãos de informação livres e independentes.