GERAÇÕES
Numa entrevista que recentemente concedeu à Rádio Pública, o Presidente Mexia da EDP, fez o discurso de puro tecnocrata sobre a situação da companhia, cheio de “palavrões” em inglês, de alavancagens e desalavancagens, de adições de valôr,etc, mas ao ser interrogado sobre como via a situação do País, fez uma breve resenha da sua visão sobre a actualidade e seus antecedentes numa linguagem clara e pura, correlacionando o tema com a vertente das energias renováveis.
Disse Mexia, que a situação de endividamento do País se deve a uma aposta de forte investimento num largo conjunto de infraestruturas que se esperava viessem a ser amortizadas a médio e longo prazo, ainda pela sua geração mas também pelas próximas, pois estas vão ser as que mais benefícios retirarão por exemplo, dos novos hospitais e tribunais, das escolas onde vão aprender, das estradas e vias férreas por onde circularão mercadorias e passageiros, e das energias limpas que atingirão dentro de quinze anos custos zero. Ora, disse ele, de repente apareceu uma gente que nos quer obrigar a pagar tudo de repente, e isso é não só injusto para as actuais gerações, como está a provocar um conjunto de desarticulações do tecido económico e social cujas consequências são imprevisíveis e para cuja correção não se vislumbram adequadas políticas europeias.
O País, carece de mais actores com estatura para ajudar a desmontar toda a fraqueza doutrinária da teimosia arrogante das receitas dos liberais/jesuitas, que todos os dias demonstra a sua fiabilidade, e só tem defensores nas hordas de boys e girls fundamentalistas azuis-alaranjados a quem a crise não afecta, e que enxameiam tudo o que cheira a Estado pago pelos contribuintes.